26 de agosto de 2013

crap

Ok, vamos lá! 

Está difícil.. não deveria ser difícil! 
Será que estou perdendo uma das únicas coisas que me mantinham de pé no meio de toda essa turbulência de sensações e tentações? 
Não.. eu não permito. 
"Textos sempre na terceira pessoa.." 
Como um assassino psicótico, que sempre prefere admirar sua obra.. citar o autor, ao invés de se identificar como o próprio.. Faz parecer mais sério, dá uma certa classe. 
Seria triste dizer que me sinto arremessada entre as realidades paralelas que eu mesa construí. Que não consigo encontrar a chave para porta que esconde a realidade da qual tanto fugi. Patético, de certa forma. 
Tentar escapar de si mesmo, de sua própria natureza.. de seus próprios instintos.. Welcome to the jungle! 
Não me causa mais dor.. não. O meu medo agora é de nunca mais conseguir fazer o sentimento voltar. Meu medo é não sentir mais o medo. 
Toda a intensidade que me ligou a você, se esvaiu. Você a retirou de mim, com poucas palavras ditas em uma noite longa, em uma realidade tão distante dessa. Uma realidade onde eu me arriscava.. onde eu te questionava se havia o desejo da volta. Uma realidade que não era a minha. 
Tanta coisa me doía... Teus desejos, tuas vontades, teus jeitos e trejeitos. Porque eu sabia que não seriam mais minhas.. 
Mas será que eu realmente as queria? Um amor platônico é refúgio para os covardes. 
"Nunca será meu".. "sofrimento"... "blábláblá.."
Muito fácil se entregar a um sentimento que sabemos não ser correspondido. Cômodo. Porque enquanto isso, podemos deitar a cabeça no travesseiro e pensar que somos nós as vítimas.. que a vida não é justa.. ao invés de assumirmos de fato o que somos e como o somos.  É mais difícil aceitar que fomos nós os reais culpados. Que nós jogamos fora, enquanto podíamos abrigar.. e agora, reviramos as latas de lixo em uma busca absurdamente insana e pobre. É fácil não ter vergonha de rastejar quando a coroa é negada por nós mesmos. 
Isso é doentio. 
E é um ciclo.. vicioso.. entorpecedor.. necessário. 
Estúpido.. Como esse texto. 

"Entra pra ver, mas tira o sapato pra entrar. Cuidado que eu mudei de lugar algumas certezas"