29 de outubro de 2009

Que seja.

É, eu não sei mexer nisso aqui.
Eu não gosto do meu layout e não sei como conseguir um melhor. Vou esperar que meus amigos mais inteligentes/interessantes/criativos que eu tenham piedade de mim e me façam um layout mais bonito. Não gosto da sensação de ter um blog, não gosto de tornar público as asneiras que escrevo (não que eu tenha tornado público, só passei o link pra uma pessoa, mas enfim). Eu só fiz isso porque meus textos (presos a sete chaves) estavam ralhando comigo pois queriam se mostrar, queriam a liberdade. Eles estavam sem falar comigo, foi horrível. Então é assim que me vejo hoje: em paz com meus textos e com um blog.
A sorte está lançada, senhoras e senhores, façam suas apostas!
Só espero que Deus dê paciência às pessoas que insistirem em ler as baboseiras que escrevo.
É isso.

PS: FUUUUUUUUUUUUUUUUUUU (só pra lembrar da Brenda)

Escritos

Olhe dentro desses olhos escuros e cansados e veja a terrível verdade escondida ali durante toda um vida. Veja que, além daquelas pupilas dilatadas pelo choro incessante, há ainda a esperança de uma criança corrompida.


Doeu ver a morte tão de perto e não poder seguir a seu lado. E aqueles olhos preferiram se esconder, pra sempre. Se afogaram nas profundezas da dor a espera do momento em que, mais uma vez, se deslumbrariam com a face da morte. E dessa vez seguiriam ao lado dela, quem sabe sem passar por qualquer julgamento ou punição, caminhando sempre em frente, de mãos dadas com a tão esperada companheira, em direção ao fim, o fim de tudo.

A escurião daqueles olhos, o gelo que se via neles. A vontade evidente de não mais se abrir. Olhos de morte em um rosto angelical. Pele de anjo, coração sofredor. Corpo marcado pela fúria de um homem cujo destino fora traçado junto ao seu.

Sangue e lágrimas. Ela já não conseguia distinguir o gosto individual de cada um, afinal eram parceiros inseparáveis. E o sabor amargo, doce e forte que tinham quando misturados era terrívelmente bom. E o cheiro de ambos a deixava alucinada.

Sonhos, nunca os tivera. Nem mesmo uma ilusão de felicidade, somente aquela realidade, a sua realidade, a realidade a qual se submetera e da qual não se esforçava para sair. Ela já ñão se esforçava para nada. Apenas esperava, espera o dia em que a rotina se alterasse. Primeiro viria a dor, depois o sangue, as lágrimas, sempre juntos, e por fim, seus olhos se fechariam, não para um sono sem sonhos, como sempre acontecia, mas para o encontro com a tão esperada e bem quista amiga: a morte.

15 de outubro de 2009

Sutil

Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
                                                    Fernando Pessoa



Eu insisto em acreditar.
A ilusão de um amor, a ilusão de uma felicidade. Sempre me concentro no mundo e me esqueço de mim mesma.  Um mundo de paisagens, movimentos, detalhes grotescos.
Humildemente ofereço meu corpo, meu sangue. Esse corpo coberto de dores. Uma coletânea de emoções e mentiras que o mundo o condicionou a ter.
Nem mesmo o amor,o mais padronizado tabu, se encaixa na teia de ardilosas maluquices projetadas por mim. Vou além dos padrões, sempre vou. Minhas aleatoriedades são um modo de fugir do fim de tudo aquilo a que me entrego completa e desesperadamente. Fugir, mesmo que para lugares indiscretos. Lugares  que me fazem esquecer a sutil condição do acerto de contas quando tudo, enfim, acabar
Falo, mesmo que com palavras incoerentes. Frases soltas e pelo avesso. Vivo, mesmo quando o meu maior desejo é morrer.